terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Mulheres com deficiência são tema de agenda


A histórica diferença salarial entre homens e mulheres é ainda mais evidente entre as pessoas com deficiência. Enquanto na população brasileira em geral, mulheres ganham 17,2% menos que homens, entre quem tem alguma deficiência a diferença chega a 28,5%. A remuneração das mulheres é inferior em qualquer recorte, como escolaridade, setor de atividade ou tipo de deficiência que se faça nos dados da Rais 2008 (Relação Anual de Informações Sociais), elaborada pelo Ministério do Trabalho e Emprego - MTE. Em alguns casos, como dos profissionais com deficiência auditiva, a defasagem entre os gêneros atinge 39%: homens recebem, em média, R$ 2.476,64; mulheres, R$ 1.507,48.
Esta problemática foi um das principais pautas da agenda ocorrida na tarde da última terça-feira (01/02) entre o Diretor-presidente da FADERS, Cláudio Silva, e a Secretária Estadual de Políticas para Mulheres, Márcia Santana. Para Santana, “as mulheres que vivem a deficiência, sejam as que possuem as dificuldades, ou as mães que cuidam de filhos com deficiência precisam de um olhar diferenciado do Estado.”
Cláudio Silva destacou que a FADERS tem estabelecido uma relação diferenciada com este tema. “Produzimos DVD e folder sobre a Lei Maria da Penha com acessibilidade, também foram organizados três seminários regionais sobre este tema. Além da participação da Secretaria de Políticas das Mulheres no Comitê Gestor Estadual e no Fórum das Políticas Públicas, iremos reeditar os seminários, agora focando nas políticas públicas para mulheres, inclusive reconhecendo aquelas que tem um trabalho de destaque no Estado.”