Cultura e inclusão

Eliminar as barreiras físicas e sociais dos espaços, edificações e serviços destinados as manifestações culturais é medida indispensável para que as pessoas com deficiência possam ser incluídos no processo de conhecimento de nossa cultura e história.

Entretanto, não é fácil do ponto de vista prático, assegurar o integral direito de acesso aos bens culturais, muitas vezes situados em locais perigosos (grutas e sítios arqueológicos) ou concebidos em uma época em que a acessibilidade e a inclusão não eram valores reconhecidos pela sociedade (casarões coloniais de vários pavimentos, igrejas situadas em cumes de montanhas, grandes escadarias para "valorizar" o bem, etc) além dos aspectos diferenciados de cada atividade. Sendo assim, é necessário discutir o acesso e a participação com qualidade de vida das pessoas com deficiência no teatro, na música, no cinema e nas mais variadas atividades culturais.

Foi pensando nesta problemática que na quarta-feira, 26/01, o diretor-presidente da Faders, Cláudio Silva, acompanhado de seu Chefe de Gabinete Jorge Amaro Borges, realizaram agenda na Secretaria Estadual da Cultura. Segundo Silva, “além de estabelecer uma relação de diálogo, o encontro busca firmar o compromisso de parceria já estabelecido através do Comitê Gestor Estadual que irá pactuar as diferentes políticas de inclusão das pessoas com deficiência.”

O secretário estadual de cultura, Luiz Antônio de Assis Brasil, destacou a importância desta interlocução, pois para ele “a cultura deve estar nesta perspectiva de cidadania. Estamos num crescente processo de sintonia com as políticas do ministério da cultura, o que nos dará capacidade de ampliar os investimentos, hoje irrisórios. Uma das metas é chegar em 1% do orçamento. Hoje temos apenas 0,07%”, concluiu.

Todos os presentes entenderam que a reunião foi extremamente positiva no sentido de reconhecer as dificuldades e que há possibilidades de avanços, desde que haja parceria e um olhar intersetorial sobre cultura e acessibilidade.